A Casa
Um belo e aconchegante imóvel, abriga desde 2009 o Restaurante Família Mineira, na rua Manuel Guedes, 436 , no Itaim.
Como diz um belo texto incluso no cardápio, “o nome Família Mineira não é só uma marca, mas o retrato dos que vieram de Senador Firmino, lá no miolinho de Minas Gerais, para construir uma história de sucesso em São Paulo”. Os sócios do Família Mineira são – perdoe-nos pela redundância – parentes. E, claro, mineiros.
O restaurante tem um aspecto clean e mescla o tradicional mineiro com o moderno. Logo à entrada há, do lado direito, um balcão de madeira e uma parede de pedras, com dezenas de cachaças. As paredes são em tom mostarda claro, em pátina. Ao fundo há uma parede de madeira de demolição. Também de madeira de demolição é o belo piso da casa.
Para a decoração foram usados objetos e obras de arte descobertos nas cidades de Maria da Fé e Tiradentes, assim como algumas peças resgatadas na família. Destaque para o alambique que pode ser visto de quase todos os lugares do restaurante. O mezanino é ideal para almoços de negócios econfraternizações em grupo.
O cardápio acompanha um pouco estas mescla de tradicional e contemporâneo que há na arquitetura da casa, pendendo para o típico. Entre as novidades, há entradas como a excelente e suculenta porção de costelinha à milanesa e os pasteizinhos de angu (carne seca com Catupiry e carne seca). Entre as aves, destaque para a tradicional galinhada (frango com arroz, açafrão, cenoura, vagem, cheiro-verde e tutu . . A casa oferece boas massas, nhoque de mandioca, Penne e Espaguete, e uma opção deliciosa para quem não come carne, o escondidinho de legumes (legumes, purê de mandioca e Catupiry).
Há muitas opções de carnes, a maioria dos pratos com receitas tradicionais, que servem 2 pessoas, como o leitão à pururuca (leitão, tutu, farofa, couve e arroz), o mexidão (arroz, com carne-de-sol, lombo, feijão, couve, ovo, torresmo e banana à milanesa), a costelinha à mineira (costelinha frita ou à milanesa, couve, linguiça, farofa de banana e arroz, acompanhados com tutu ou tropeiro), feijoada (carnes nobres, bisteca, couve, farofa, torresmo, laranja e arroz – servida todos os dias ) e vaca atolada (costela de boi, mandioca, tomate, cheiro-verde e cebola; couve, feijão e arroz ). Entre as novidades, uma ótima pedida é o prato Jequitinhonha (carne-de-sol bem desfiada, com pedacinhos delicados de tomate e de cebola roxa; com batata doce frita na manteiga de garrafa, couve, tropeiro e arroz ). Todos os pratos são para duas pessoas e vêm acompanhados de feijão em caldo (refogado), ou feijão tropeiro ou tutu com ovo e linguiça.
Para os dias frios há boas sugestões de sopas, como bambá de couve, com bolinho de ovo; canja de galinha, canjiquinha mineira com costelinha (somente às sextas-feiras), creme de mandioca com carne-de-sol, sopa de legumes . As sopas são individuais.
Como a casa está em uma região de muitas empresas, há excelentes pratos executivos, todos com nomes de picos e serras de Minas. Bons exemplos são o Pico do Ibituruna (mexidão com carne seca, lombo, arroz, feijão, couve, torresmo e ovo); o Pico da Bandeira (carne seca, feijão tropeiro, mandioca frita, torresmo, couve e arroz ), o Pico do Papagaio (filé de abadejo, alcaparras, champignon, purê de batata, alface, tomate, feijão e arroz), o Pico do Sol (nhoque de mandioca com molho de tomates frescos e manjericão e filé mignon ), o Serra da Mantiqueira (carne de panela – pernil à moda da roça -, arroz, ovo frito, linguiça e tutu) e o Serra do Cipó (picanha, salada de folhas verdes, tomate e queijo Minas, ao molho verde com mostarda). O Serra da Samambaia, um executivo elaborado com Leitão à pururuca, couve, farofa e arroz .
Novos pratos executivos foram incluídos no cardápio: Serra da Piedade, contra filé grelhado, ovo frito, fritas, arroz e feijão, o Serra doa Aimorés, picadinho de carne com banana da terra, couve, polenta e arroz.
Há uma bem selecionada carta de cachaças, com 57 rótulos dos melhores e mais premiados alambiques mineiros.